Capitalizar os resultados de Paris 2024
Marco Alves, chefe da Missão portuguesa a Paris’2024, revelou que o Comité Olímpico de Portugal (COP) está determinado em criar melhores condições para os atletas nacionais e já estabeleceu uma “agenda fechada” com o Governo para alcançar esse objetivo.
Durante a conferência de imprensa em Saint-Quentin-en-Yvelines, local onde Maria Martins encerrou a participação portuguesa, Alves sublinhou que o COP apresentou várias propostas de melhorias após Tóquio’2020. Algumas dessas propostas foram implementadas, enquanto outras ainda aguardam concretização.
Preparação para os Jogos de Los Angeles 2028
Alves reconheceu que o contexto económico do país impõe limitações, mas salientou a ambição do COP em melhorar continuamente as condições para o Alto Rendimento. Embora o contrato-programa tenha sido sujeito a algumas alterações, Alves destacou que a sua renegociação apenas acontece de quatro em quatro anos, o que oferece a estabilidade necessária para o processo.
As mudanças que forem introduzidas agora terão impacto apenas em 2028 ou 2032, disse Marco Alves, frisando a necessidade de preparar o trabalho para enfrentar os desafios do próximo ciclo olímpico, que culminará nos Jogos de Los Angeles 2028. Com a realização dos Jogos noutro continente e processos de qualificação ainda por definir, é essencial que o COP esteja pronto para responder a essas exigências.
Discussão de um novo contrato-programa
Ao lado de Marco Alves, o secretário-geral do COP, José Manuel Araújo, reforçou que o atual contrato-programa para Paris 2024 ainda está em vigor e que as conversações sobre o futuro devem acontecer o mais rapidamente possível. Segundo Araújo, há um entendimento comum entre o COP e o Governo para não adiar as negociações e, assim, avançar rapidamente para o contrato referente a Los Angeles 2028.
Importância da presença governamental
Em resposta às críticas de alguns atletas sobre a falta de apoios governamentais, incluindo as declarações de Pedro Pichardo que acusou o Governo de focar-se apenas no futebol, José Manuel Araújo defendeu que os atletas reconhecem o apoio significativo que recebem através do contrato-programa gerido pelo COP.
Araújo admitiu que, apesar de o financiamento atual ser considerado suficiente, há sempre espaço para reivindicar mais recursos, especialmente após os resultados positivos em Paris 2024.
Araújo também destacou a importância da presença de Luís Montenegro, o primeiro-ministro, em Paris para acompanhar a Missão lusa. A sua presença nas competições e na Aldeia Olímpica foi vista como um sinal positivo de um maior empenho na política pública desportiva. “Esta presença do primeiro-ministro é um sinal de que há uma intenção de intensificar a política pública na área do desporto”, concluiu José Manuel Araújo.