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“Immigrant City”: a camisola do Angel City que virou símbolo de resistência em Los Angeles

- “Immigrant City”: a camisola do Angel City que virou símbolo de resistência em Los Angeles
ZUMA Press, Inc.

Um protesto convertido em símbolo
Numa época em que o futebol se recusa a ficar alheio aos grandes temas sociais, o Angel City FC deu um passo claro: a equipa distribuiu e vestiu publicamente T-shirts com a inscrição “Immigrant City Football Club”, num acto de solidariedade com as comunidades imigrantes de Los Angeles. A iniciativa teve lugar em resposta a uma série de operações do ICE (Immigration and Customs Enforcement) na cidade e foi pensada para afirmar, de forma visível, que Los Angeles é uma cidade de imigrantes. O próprio clube publicou a mensagem e coordenou as ações no estádio, incluindo a leitura de um manifesto antes do jogo.

Distribuição em massa e apoio concreto
O gesto não se ficou por declarações: o Angel City distribuiu milhares de T-shirts aos adeptos — uma ação que, segundo reportagens, chegou a totalizar cerca de 10.000 unidades — e juntou à campanha a venda oficial de merchandising onde os lucros revertem para serviços de apoio legal e serviços sociais a imigrantes, nomeadamente para a organização Camino Immigration Services. A medida conjugou visibilidade simbólica com apoio económico direto às vítimas das políticas de imigração que motivaram os protestos.

Jogadoras e direção alinhadas: um clube com voz pública
Ao contrário de ações pontuais de adeptos, esta foi uma tomada de posição institucional: jogadoras, equipa técnica, direção e investidores do Angel City alinharam-se publicamente com a mensagem. Figuras públicas ligadas ao clube, como a cantora e investidora Becky G, leram comunicados e reforçaram o posicionamento do clube, que salientou que “o tecido desta cidade é feito por imigrantes” e que o futebol não existiria sem eles. A ação teve eco nacional nos Estados Unidos e gerou debates sobre o papel dos clubes desportivos em questões sociais.

Reacção pública e política
A iniciativa provocou reações mistas. Para muitos adeptos e movimentos sociais, o gesto foi um exemplo de responsabilidade social e empatia; para outros, suscitou críticas e acusações de instrumentalização política do desporto. Independentemente das posições, o caso do Angel City tornou-se num dos exemplos mais visíveis, no futebol feminino e masculino, de como clubes podem usar a sua plataforma para apoiar causas cívicas e humanitárias.

Moda, mensagem e legado
A camisola “Immigrant City Football Club” é hoje mais do que merchandising: é um símbolo identitário que se insere numa longa tradição do futebol como espaço público de expressão. Ao conjugar visibilidade massiva no estádio com donativos a organizações locais, o Angel City conseguiu transformar uma peça de roupa num veículo de solidariedade e de debate sobre imigração, direitos e pertença urbana. O gesto poderá inspirar outros clubes a agir de forma semelhante, sobretudo em cidades com forte presença imigrante.

Conclusão — o desporto que toma partido
Num contexto global de polarização política sobre imigração, o Angel City escolheu posicionar-se e agir. A camisola “Immigrant City” é a expressão mais imediata dessa escolha: um objecto que cruza moda, activismo e responsabilidade institucional. Para os defensores dos direitos humanos e para muitos adeptos em Los Angeles, a peça ficou marcada como um símbolo de orgulho e resistência.

Yan Santanna é um craque quando se trata de criar palpites e sugerir prognósticos de resultados para jogos de futebol. Apaixonado pelo desporto rei, compartilha análises e dicas que transformam a experiência de apostar num verdadeiro espetáculo.