
Decisão polémica
A 22 de fevereiro de 2024, o lateral-direito Daniel Alves foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão por violação, em Espanha. No entanto, após 400 dias da sentença, a Justiça espanhola decidiu, por unanimidade, revogar a condenação.
Novos desenvolvimentos
No final de março do mesmo ano, a Justiça aceitou o recurso apresentado pelo jogador e concedeu-lhe liberdade provisória até ao julgamento final. Daniel Alves pagou uma caução de 1 milhão de euros e, em depoimento emocionado, admitiu o consumo excessivo de álcool na noite em questão, negando, contudo, de forma veemente, as acusações de violação.
Reviravolta e controvérsia
Os juízes identificaram “lacunas, imprecisões e contradições” nos factos apresentados, o que levou à decisão de anular a sentença. A falta de fiabilidade no depoimento da vítima foi também apontada como um elemento relevante na revogação. A advogada da queixosa já anunciou a intenção de recorrer da decisão.
Repercussões políticas e sociais
A revogação gerou protestos em frente ao Consulado-Geral de Espanha, com manifestantes a exigirem justiça para a vítima. Marina Ganzarolli, do movimento Me Too Brasil, expressou preocupação com o impacto da decisão, classificando-a como um retrocesso na luta contra a violência sexual e um desincentivo à denúncia destes crimes.
Reflexões sobre o caso
O episódio que envolve Daniel Alves levanta questões sobre as estruturas de desigualdade e violência de género no mundo do desporto. A advogada da queixosa sublinhou a importância da prevenção, da educação e de políticas eficazes para lidar com crimes sexuais.
Regresso ao Brasil
O jogador já recuperou os seus passaportes e está autorizado a sair de Espanha e regressar ao Brasil. A controvérsia em torno do caso continua a gerar debates sobre justiça, direitos das vítimas e a forma como são tratados os casos de violência sexual.