
A influência do desporto nas relações internacionais
Donald Trump, antigo presidente dos Estados Unidos, sugeriu que permitir à seleção masculina da Rússia participar nas fases de qualificação para o Mundial de 2026 poderia funcionar como incentivo para alcançar a paz no conflito com a Ucrânia. A proposta foi apresentada durante uma reunião de uma força-tarefa que Trump lidera e que está encarregue da organização do torneio, que terá lugar nos Estados Unidos, Canadá e México.
Desde fevereiro de 2022, as seleções russas estão suspensas de competições oficiais, tanto pela FIFA como pela UEFA, devido à invasão da Ucrânia. A decisão já foi contestada, mas mantida pelo Tribunal Arbitral do Desporto (TAD).
Durante a reunião, Trump mostrou-se surpreendido com a exclusão da Rússia: “Não sabia disso. É mesmo assim?”, perguntou ao presidente da FIFA, Gianni Infantino, com quem mantém uma relação próxima.
Infantino afirmou que a FIFA deseja que a paz seja alcançada, o que permitiria a reintegração da Rússia nas competições. “Estão proibidos de jogar por agora, mas esperamos que algo aconteça e que a paz se estabeleça”, explicou.
Trump reforçou a proposta: “É possível. Ei, isto pode ser um bom incentivo, certo? Queremos que parem. Queremos que parem.” A expetativa do regresso da Rússia ao futebol internacional já tinha sido manifestada anteriormente por Infantino. Em abril, durante um congresso da UEFA, o dirigente expressou a esperança de que, à medida que as negociações de paz avancem, a Rússia possa regressar às competições: “Isso significaria que tudo está resolvido.”
O conflito e o papel do desporto
As declarações de Trump voltam a colocar em evidência o papel do desporto nas relações internacionais e como eventos desportivos podem influenciar dinâmicas políticas. Enquanto o conflito prossegue, multiplicam-se as reflexões sobre a responsabilidade social das organizações desportivas e o contributo que podem dar à promoção da paz.
As decisões da FIFA e da UEFA transcendem o âmbito desportivo, ilustrando a ligação entre futebol, política e sociedade. Resta agora saber se a diplomacia através do desporto pode, de facto, contribuir para uma resolução pacífica do conflito.