O brilhante desempenho de Iúri Leitão
Delmino Pereira, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC), destacou hoje a importância histórica do feito alcançado por Portugal no ciclismo de pista. A conquista da medalha de prata por Iúri Leitão, na prova de omnium dos Jogos Olímpicos Paris 2024, é, segundo Delmino, um marco que surpreendeu o mundo e colocou o país na elite desta modalidade.
A prata que inspira o futuro
Em declarações à agência Lusa, Delmino Pereira, ainda emocionado nas bancadas do velódromo de Saint-Quentin-en-Yvelines, nos arredores de Paris, sublinhou que a medalha de prata é o culminar de um ciclo de 12 anos de trabalho árduo e dedicação.
“Iúri correu para o ouro, conquistou a prata, e fez-nos vibrar com um desempenho fantástico. Esta medalha é a prova da nossa evolução e da nossa capacidade para competir ao mais alto nível, mesmo contra potências que estão há muito mais tempo nesta especialidade”, afirmou.
Para Delmino Pereira, esta medalha olímpica tem um significado especial, pois marca o final do seu mandato à frente da FPC. “Este ciclo foi repleto de títulos, com mais de 90 medalhas em campeonatos do mundo e da Europa, mas esta conquista olímpica eleva o nosso trabalho a um novo patamar e ficará gravada para sempre na minha memória”, confessou.
Um impulso para o ciclismo de pista em Portugal
Delmino acredita que esta vitória dará um novo impulso ao ciclismo de pista em Portugal, uma vertente que já está bem implantada e conta com muitos jovens talentos promissores. “Esta medalha é uma inspiração e um justo reconhecimento do trabalho de toda a equipa que se dedica ao ciclismo de pista. O futuro é promissor, especialmente porque o Iúri é ainda um atleta jovem, e temos grandes expectativas para o que está por vir”, acrescentou.
Duas medalhas em 20 anos
Iúri Leitão trouxe para Portugal a segunda medalha olímpica na história do ciclismo, e a primeira na pista, 20 anos após Sérgio Paulinho ter conquistado a prata na prova de fundo dos Jogos de Atenas 2004. Delmino Pereira espera que não seja necessário esperar outros 20 anos para a próxima medalha e que estas conquistas se tornem mais regulares.
Perspetivas para as próximas provas
Sobre as expectativas para as próximas competições, Delmino Pereira mantém uma postura otimista: “Demonstrámos ao longo de toda a qualificação que estamos entre os melhores. Podemos não ganhar, mas vamos lutar na frente da corrida, e tudo pode acontecer”.
Ainda nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, Iúri Leitão voltará a competir na prova de madison, ao lado de Rui Oliveira, enquanto Maria Martins, sétima classificada em Tóquio 2020, disputará o omnium feminino.