Apostas em corridas de F1: Uma introdução

A Fórmula 1 é uma das competições de topo das corridas motorizadas, é onde encontramos alguns dos maiores condutores do mundo atrás do volante dos carros mais avançados na tecnologia e engenharia de construção. A competição é gerida pela Federation Internationale de Automobile (FIA). Sendo que o Campeonato do Mundo FIA de Fórmula 1 já organiza corridas desde a sua edição inaugural de 1950.

O Campeonato de F1

Na sua configuração atual, as 11 equipas de Fórmula 1 competem cada uma em dois carros e participam em 21 Grand Prix à volta do globo. Num fim-de-semana de corridas, as equipas participantes integram três sessões de Prática Livre, um formato de Qualificação F1 – constituído por três partes – e pela Corrida.

A Corrida é a parte mais importante da Fórmula 1, com o sistema de pontos da Fórmula 1 a definir as classificações a atribuir de acordo o tempo das corridas. Atualmente, quem chega em primeiro lugar à meta ganha 25 pontos da Fórmula 1 por corrida, com 18 pontos atribuídos ao segundo lugar e 15 pontos atribuídos ao terceiro lugar no pódio. Os pontos da Fórmula vão decrescendo gradualmente à medida até chegarmos ao 10º classificado.

Estes pontos acumulados que são atribuídos nas corridas de fim-de-semana são depois somados no final da época de corridas, sendo então possível estabelecer um ranking dos melhores condutores de acordo com o seu desempenho. O condutor que termine uma época com o maior número de pontos é consagrado o campeão do mundo da FIA Fórmula Um.

Vamos agora olhar para o calendário de corridas de um típico fim-de-semana de F1 Grand Prix. As corridas de Fórmula 1 são muito diferentes de outro tipo de competições desportivas. No futebol, rugby, críquete, ténis e outros desportos populares, há uma lógica de confronto um contra um, em que há três possíveis desfechos apenas: uma vitória para qualquer dos lados em confronto, ou um empate.

Mas nas corridas F1, 20 adversários competem em simultâneo em cada corrida, o que significa que há um total astronómico de combinações possíveis (mais precisamente: 2,432,902,008,176,640,000). Isso pode representar oportunidades interessantes para apostadores, mas a complexidade envolvida nestas corridas de alta aceleração num desporto onde tudo pode acontecer pode trazer dores de cabeça.

PRÁTICA

A ação nas pistas de corridas começa com sessões de prática de 90 minutos às sextas-feiras (ou às quintas, no Mónaco). Estas corridas não contam ainda para a competição, pelo que são de evitar do ponto de vista das apostas, embora possam representar momentos importantes para avaliar o desempenho dos carros e condutores antes de uma partida oficial ter início.

Contudo, deve sempre manter em mente que o peso e abastecimento de combustível em cada carro são dados anónimos e desconhecidos, por isso há sempre um nível de incerteza associado ao desempenho que testemunhamos nas corridas de prática. Algumas equipas conseguem destacar-se na frente das sessões de prática por motivos que às vezes podem não ser evidentes – os carros Williams por norma destacam-se, a título de exemplo.

Há uma segunda sessão de prática que habitualmente é a mais reveladora, uma vez que nesse momento o asfalto das pistas já foi aquecido e foi testado pelas rodas dos carros, o que significa que o desempenho individual de cada carro passa a ser mais representativo do seu desempenho real. Este é habitualmente o primeiro momento em que podemos ver as equipas a servirem-se das rodas mais macias dos dois tipos de materiais que têm disponíveis: Fique atento aos tempos destas corridas, uma vez que elas podem ser indicativas do desempenho dos condutores para as importantes sessões de qualificação, decidindo também tendências para as corridas.

Numa típica segunda sessão de prática de corridas, os condutores podem investir uma segunda passagem nas pistas em voltas mais longas para simular diferentes condições de condução. Em carros onde verifiquemos que os pneus perdem desempenho rapidamente, serão também os que terão de parar mais vezes em pit stops durante as corridas.

QUALIFICAÇÃO

Os condutores obtêm outra hora de prática no sábado de manhã antes de a fase de qualificação ter início. É sempre bom verificar as condições climatéricas para o dia das corridas de qualificação, uma vez que a chuva torna as condições da corrida mais imprevisíveis.

Alguns condutores têm bons tempos de corrida, e outros mais inconsistentes, mediante haja ou não chuva no dia das corridas, sendo que os carros que exercem mais força na pista tornam-se mais competitivos nestas condições.

A qualificação é disputada em eliminatórias de três fases. Dependendo de quantos carros estão em competição, o grupo dos condutores mais lentos é eliminado na chamada Q1, de seguida na Q2, e finalmente sobram 10 carros que disputam o top 10 na última corrida.

Ainda que muitas vezes se fale de autênticos simulacros nos desempenhos de treino para disfarçar o real potencial dos carros e condutores, nas fases de qualificação as equipas tentarão extrair o máximo da sua capacidade e habilidades já que por milésimos de segundo se pode chegar ou sair do pódio dos melhores. Chegados à qualificação, teremos tido já oportunidades para testemunhar o desempenho dos carros e equipas em circuitos das práticas livres, o que é útil para ficar com uma ideia de quem poderá lidar os circuitos competitivos.

A CORRIDA

O Grand Prix tem pistas competitivas com um mínimo de 305 quilómetros e com um tempo limite máximo de duas horas para serem completadas (sem contar com as suspensões de “bandeira vermelha”).

As corridas podem ser decididas no início, uma vez que quem quer que lidere a pista no final da primeira volta fica com campo livre à sua frente para continuar a progredir e a destacar-se. Os carros de Fórmula 1 estão altamente dependentes das suas asas aerodinâmicas para gerar força descendente e aderência à pista. As corridas com campo livre à frente e sem obstáculos oferecem os melhores desempenhos.

No caso de incidentes, o chamado Safety Car (Carro de Segurança) pode ser enviado para a pista, ou pode ser utilizado um período de Carro de Segurança Virtual. Isto tem maior probabilidade de acontecer em circuitos de estrada apertados e fechados, como nos circuitos do Mónaco e de Singapura. Estes eventos têm o efeito de alterar o posicionamento dos competidores na corrida, ajudando ou prejudicando os vários concorrentes independentemente do seu desempenho até ali, podendo até provocado alterações espetaculares às previsões mais sólidas de vencedores e vencidos – tal como aconteceu a Lewis Hamilton que foi derrocado num volte-face no Mónaco durante a edição de 2015.

O domingo é o dia de prova a sério depois da prática de sexta-feira. Uma equipa pode bloquear a linha da frente das corridas durante a qualificação, mas se o estado dos pneus for pobre não é muito provável a sua vitória – isto foi um problema habitual para a Mercedes há alguns anos. Prestar atenção ao fim-de-semana e observar a estratégia de uma equipa durante essas corridas pode dar bons resultados para um apostador de F1.

Calendário de corridas da F1

O calendário mais intenso em provas da Fórmula um foi o da época de 2016, com 21 corridas agendadas no calendário. As 11 equipas e marcas em competição viajaram à volta do mundo para competir nos eventos do top mundial em quatro continentes distintos.

Com início em março, a época tradicional de corridas inicia-se no Albert Park em Melbourne, Austrália. Esta corrida, que substituiu a de Adelaide no Grand Prix da Austrália, foi que arrancou com a competição F1 nas últimas 20 edições – as únicas exceções foram a edição de 2006 e 2010.

A época continua com o Grand Prix do Bahrain, entrando então para a região do Médio Oriente. Este circuito que costumava ser um dos menos vistos dos fins-de-semana de corridas, passou a ter maior audiência quando passou a corrida noturna em 2014, tendo-se tornado parte da magia do Calendário da Fórmula 1 em 2016.

A terceira corrida da época decorre em Shanghai, na China, antes de uma passagem por Sochi, na Rússia. O formato clássico da F1 avança então para a Europa ocidental, com o Grand Prix de Espanha. Acontecendo na Catalunha, as equipas preparam-se especialmente bem para as corridas nesta pista, sendo um dos circuitos mais usados durante os testes e treinos fora de época.

Em julho, as equipas viajam para Silverstone – uma das corridas mais vezes repetidas em F1, a par da de Monza, em Itália, que data desde 1948 – além do Grand Prix britânico. Daqui, as equipas passam para Budapeste, na Húngria, e depois para o Grand Prix da Alemanha. A joia da coroa das corridas vem logo a seguir, com o circuito de Monte-Carlo, no Grand Prix do Mónaco, e depois vem o Grand Prix canadiano de Montreal – estas são duas das corridas mais entusiasmantes para fãs e apostadores desta modalidade. O Grand Prix europeu continua, com uma viagem até Baku, no Azerbeijão, antes da corrida da Áustria.

Depois de um período de pausa a meio da época de quatro semanas, em que as equipas podem desenvolver e melhorar os carros de corrida preparando-se para a segunda parte da F1, o calendário de corridas retoma com o Grand Prix belga em Spa-Francorchamps. Com instalações de corrida lendárias, o Spa tem sido historicamente o terreno de alguns dos momentos mais icónicos da modalidade, incluindo o momento em que 13 carros acabaram empilhados na chuva durante a edição de 1998. Um dos circuitos mais temidos de qualquer edição, a Bélgica oferece um fim-de-semana de emoções fortes na sua corrida clássica.

Segue-se outra corrida icónica da F1: Monza. Apesar de grandes alterações às medidas de segurança no circuito original, a herança e história da pista permanece inalterada. Além disso, os fãs italianos surgem aos milhares apoiando uma das marcas mais famosas do mundo, a Ferrari.

Com vista no final da campanha de corridas, a edição da F1 volta ao continente asiático para o Grand Prix de Singapura. Regressando ao calendário de corridas depois de um hiato de 37 anos, foi só em 2008 que a corrida de Singapura voltou como mais uma corrida noturna, que teve o objetivo de coincidir com os horários europeus. Ainda no continente asiático, o Grand Prix da Malásia é o que se segue – um circuito conhecido pelo seu microclima especial e meteorologia inclemente.

Suzuka, no Japão, é a localidade da corrida 17. Um circuito tradicional muito bem amado por condutores e fãs, esta é uma corrida com pista de oito faixas única nesta modalidade. Com retas de alta velocidade combinadas com curvas e cantos desafiantes, o aspeto técnico envolvido cria muita emoção a condutores e espectadores.

Depois de vários anos de descontentamento com os espectadores e multidões da América do Norte, a Fórmula 1 parece ter-se estabelecido também em Austin, no Texas, para um evento americano. Esta é uma pista bem desenhada e que foi bem recebida pelos apoiantes da modalidade, apesar disso as receitas de bilheteira parecem ficar aquém das expectativas com a reintrodução do Grand Prix do México, que é agendado para o dia seguinte.

Uma corrida apoiada pelo mexicano Sergio Perez da Force India, o evento de 2015 provou ser um sucesso imediato com muitos visitantes e elogios ao desenho de toda a pista.

A penúltima corrida da mítica edição de 2016 decorreu em São Paulo, no Brasil. O circuito de Interlagos tem uma elevação ondulante e costuma contar com alguns dos apoiantes mais apaixonados desta modalidade. Com apenas dois condutores brasileiros na competição, os apoiantes brasileiros fazem-se sentir no seu apoio ao condutor da Williams Felipe Massa, e também ao condutor da Sauber Felipe Nasr.

O final de cada edição da F1 – que se tem repetido no calendário desde 2009 – acontece em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. A pista tornou-se numa das primeiras destinadas a corridas de dia e de noite, com as corridas a começaram às 17h o que significa que faróis são usados para iluminar o circuito. São espoletados fogos de artifício no final da corrida para celebrar a coroação do campeão da Fórmula 1 e para celebrar o encerramento de mais uma edição desta competição.

HISTÓRIA DA F1

A Fórmula 1 tem sido a competições de desportos motorizados de referência há seis décadas, desde a sua época de estreia em 1950. Durante este período várias lendas surgiram, memórias e recordes foram criados. Giuseppe Farina foi o primeiro Campeão do Mundo de F1, com o italiano Alberto Ascari a ser o primeiro campeão mundial em edições repetidas depois do sucesso em 1952 3 1953. Os outros quatro títulos foram atribuídos ao icónico argentino Juan Manual Fangio – vencedor de quatro edições da F1 – com o ano de 1958 a marcar a primeira época em que surgiu um campeão britânico, Mike Hawthorn.

Já houve 16 condutores que foram múltiplas vezes Campeõees do Mundo, com Michael Schumacher destacado na tabela classificativa com sete títulos em seu nome. O condutor alemão conseguiu ganhar dois campeonatos pela Benetton antes de mudar para a Ferrari em 1996, o que contribuiu para o sucesso da marca.

Depois da Millennium, Schumacher entrou numa era de domínio total no campo das corridas motorizadas, obtendo recordes e campeão em cinco edições sucessivas. Em terceiro lugar da lista de vencedores da Fórmula 1 encontramos o francês Alain Prost com quatro títulos em seu nome, rivalizando com o icónico condutor brasileiro Ayrton Prost.

O antigo condutor da MacLaren, Renault, Ferrari e Williams levantou o título de campeão em 1985, 1986, 1989 e 1993. Em tempos mais recentes, este resultado foi também obtido por Sebastian Vetterl pela Red Bull, que ganhou títulos consecutivos entre 2010 e 2013.

Em termos do sucesso das marcas, a Ferrari participou em todas as edições de Campeonatos  do Mundo desde 1950, com presenças em mais de 900 Grand Prix. A equipa italiana também ganhou os Campeonatos de Marca, 15. A Mercedes voltou às pistas em 2010, depois de uma ausência de 45 anos, e as marcas mais regulares incluem a McLaren – estrou-se em 1966 – e a Williams – que apareceu no seu primeiro evento F1 em 1978.

O Reino Unido é o país mais bem-sucedido de todos os países, com 16 Campeonatos do Mundo Conquistados. A Alemanha vem a seguir com seis títulos arrecadados – muito graças ao sucesso de Schumacher e Vettel a partir de 2000.

APOSTAS NA F1 EXPLICADAS

Há inúmeros mercados em oferta para apostas na Fórmula 1, um dos principais é no vencedor das corridas. A aposta no vencedor é colocada para a época inteira de corridas, e não num evento individual. Noutros desportos, o vencedor da competição é uma das apostas oferecidas ainda antes de uma competição começar. Contudo, devido ao estilo altamente flexível da Fórmula 1, este tipo de aposta pode ser colocado em qualquer momento da cada edição.

ODDS DO CAMPEONATO PARA CONDUTORES F1

Um apostador pode colocar os seus prognósticos em qual condutor vai vencer determinado Campeonato. Como referido anteriormente, esta distinção é atribuída ao condutor que acumule um maior número de pontos pela sua posição em cada corrida ao longo de um ano. Ganhará a aposta e adivinhar qual o condutor mais pontuado de cada edição.

ODDS DO CAMPEONATO PARA MARCAS F1

Também pode apostar no Campeonato disputado pelas marcas em cada edição. De natureza comparável, este título é atribuído à equipa que terminar cada edição da F1 com mais pontos acumulados entre os seus dois condutores. Se um apostador conseguir prever a equipa com melhor ranking numa edição, ganhará a aposta.

ODDS DE CHEGADA AO PÓDIO EM QUALQUER CORRIDA F1

Uma aposta também popular em oferta é a possibilidade de escolher o condutor que chega ao pódio, ou seja, poderá ser o primeiro classificado, segundo ou terceiro numa edição F1. Qualquer lugar a que chegue um condutor no top 3 de uma corrida resultará numa aposta ganha.

APOSTAS DE CORRIDA CONDUTOR VS CONDUTOR

Também encontramos a opção de apostar em rivalidades entre equipas. Neste formato de apostas, o apostador tem duas opções à sua disposição: O condutor A ou o condutor B. O desfecho de uma corrida será decidido em função do condutor que termine em posição mais elevada face a outro. Esta aposta é válida para todas as equipas em confronto numa edição, válida para condutores da Mercedes e até às marcas da Manor Racing como Ryo Haryanto ou Pascal Wehrlein.

ODDS DE VENCEDOR DE CORRIDAS F1

Para este evento de apostas são disponibilizados vários mercados entre diversas casas de apostas. O mais popular é o vencedor de uma corrida, o top 3, Pole Position, o que faz a corrida mais rápida, e o safety car. O vencedor da corrida na Fórmula 1 é decidido pelo condutor que termina uma corrida – cumprindo com todas as voltas previstas – e cruza a linha da meta à frente de todos os outros.

ODDS DA POLE POSITION

A Pole Position é decidida no sábado à tarde antes do dia da corrida oficial. Neste evento de uma hora, os condutores têm a tarefa de definir os seus melhores tempos em uma volta apenas para escapar à eliminação. As regras da Qualificação F1 estabelecem que um condutor que termine a sessão 3 da Qualificação com o tempo mais rápido – uma vez que todas as voltas já tenham sido completadas e o período de 12 minutos tenha terminado – ganha lugar na Pole Position. Ou seja, terá a oportunidade de começar uma corrida nos primeiros lugares da frente. Em algumas pistas, estas posições podem representar vantagens significativas.

ODDS DAS VOLTAS MAIS RÁPIDAS

Para apostar nas voltas mais rápidas, é necessário selecionar que condutores conseguirão completar de forma mais rápida uma volta de uma corrida. Estas apostas podem ser colocadas em qualquer momento no decorrer de uma corrida, não sendo necessário a um condutor completar uma sessão para conquistar estas marcas das voltas mais rápidas.

QUEM TERMINA EM TOP 3

Os condutores que terminam no top 3 em cada corrida celebram essa conquista com uma cerimónia no final, em que lhes é dado um troféu, uma garrafa de champanhe e um conjunto significativo de pontos na competição. Pode apostar em qualquer condutor para chegar ao pódio, com os condutores menos prováveis a terem associadas as odds mais elevadas.

VAI APARECER UM SAFETY CAR?

A última das opções de apostas que frequentemente vemos é na aparição de um Safety Car (carro de segurança) durante um Grand Prix. Basta dizer que sim ou que não nesta seleção que habitualmente tem a pergunta “A corrida vai ter um safety car?”.