Suspensão de dois anos para Pedro Rocha
O presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Pedro Rocha, foi suspenso por dois anos por exceder as suas funções ao demitir o secretário-geral da entidade, Andreu Camps. A sanção pode impactar a possível candidatura de Rocha nas eleições da RFEF em setembro, uma vez que ele assumiu a presidência em abril, sucedendo a Luis Rubiales.
O anúncio da suspensão ocorreu apenas dois dias após a conquista do título pela Espanha na Eurocopa. A decisão que levou à suspensão de Rocha foi tomada pela justiça desportiva espanhola devido à sua atitude de demitir Camps, um colaborador próximo de Rubiales. Camps foi afastado devido ao escândalo do beijo forçado na jogadora Jenni Hermoso durante a comemoração do título do Campeonato do Mundo feminino.
Decisão do Tribunal Administrativo do Desporto
Rocha liderava a comissão gestora que assumiu a RFEF após a saída de Rubiales e, ao tomar decisões como a demissão de Camps, ultrapassou os limites das suas funções. De acordo com uma decisão publicada pelo Tribunal Administrativo do Desporto (TAD), Rocha está proibido de ocupar cargos em qualquer federação desportiva durante os dois anos de suspensão.
O dirigente pretende recorrer da decisão e solicitar que a mesma seja suspensa enquanto o seu recurso é avaliado, possibilitando a sua participação nas próximas eleições da RFEF. Rocha foi proclamado presidente da entidade em abril deste ano, após obter os apoios necessários como único candidato nas eleições.
Enquanto aguarda desdobramentos na sua situação, a RFEF vê-se envolvida em novos escândalos, com Rocha também sob investigação por corrupção e contratos irregulares durante o mandato de Rubiales. Desta forma, a controvérsia no cenário desportivo espanhol coloca em xeque não apenas o comando da RFEF, mas também a integridade das suas direções.
