Comitiva reduzida, mas focada
Portugal participa nos Jogos Paralímpicos Paris 2024, que decorrem de 28 de agosto a 8 de setembro, com uma das suas delegações mais pequenas de sempre, mas com o objetivo de melhorar os resultados alcançados em Tóquio 2020. O chefe da missão nacional, Luís Figueiredo, prefere não prometer medalhas, destacando antes a importância de melhorar as prestações individuais.
Resultados para além das medalhas
Em Tóquio, há três anos, Portugal teve a sua participação menos medalhada desde 1972, conquistando dois bronzes e 23 diplomas. Figueiredo sublinha que fixar metas demasiado concretas pode aumentar a pressão sobre os atletas. “Os Jogos são uma competição com uma carga emocional muito elevada e uma grande competitividade. Não podemos criar expectativas exageradas e pressionar os atletas”, referiu.
Participação em novas modalidades
Apesar da comitiva reduzida, com apenas 27 atletas (a menor desde Seul 1988), Portugal estreia-se em Paris em duas novas modalidades: triatlo e powerlifting. Ao todo, os atletas portugueses vão competir em 10 modalidades, um recorde para o país. A média de idades da equipa é de 31 anos, cinco anos abaixo da média em Tóquio.
Desafios e renovação no desporto paralímpico
Para Luís Figueiredo, o grande desafio é garantir que os atletas cheguem a Paris na sua melhor forma, com condições ideais para alcançar os seus objetivos. Destaca ainda a participação de 10 atletas femininas na comitiva. Contudo, o responsável volta a alertar para a necessidade urgente de renovar o desporto paralímpico em Portugal, apelando a um maior envolvimento das entidades e da sociedade para incentivar a prática desportiva entre pessoas com deficiência.
Investimento e apoio igualitário
O contrato-programa para a preparação dos Jogos Paris 2024 tem um valor de 9,2 milhões de euros. As bolsas e prémios atribuídos aos atletas paralímpicos são equivalentes aos dos atletas olímpicos, promovendo igualdade no apoio.
