Após apresentar demissão no passado domingo, dia 10, o ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, Luis Rubiales, foi constituído arguido e convocado pela Justiça de Espanha para prestar depoimento sobre o polémico beijo sem consentimento a uma jogadora da seleção do país. Rubiales responderá pelo crime de agressão sexual.
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O dirigente deu um beijo na boca a Jenni Hermoso durante a cerimónia de entrega do troféu da final do Campeonato do Mundo feminino, disputada na Austrália. Na ocasião, a Espanha conquistara o inédito título da competição.
Durante algumas semanas, Rubiales manteve o discurso de que o beijo fora apenas um “gesto de carinho entre amigos” e insistiu em que permaneceria no cargo de presidente da Federação Espanhola.
“Não vou deixar o meu cargo. Foi um beijo espontâneo, mútuo e muito consentido”, declarou Rubiales numa assembleia extraordinária convocada pela Federação Espanhola uma semana depois do beijo. “O desejo que eu tinha de dar aquele beijo era o mesmo que eu teria de o dar à minha filha.”
A atleta Jenni Hermoso desmentiu o dirigente e afirmou que o beijo foi sem o seu consentimento. Perante o caso, a FIFA optou pela suspensão de Rubliares pelo período de 90 dias, enquanto abria um processo disciplinar para avaliar o caso.
Pressionado, Rubiales anunciou no último domingo a sua demissão da presidência da Federação Espanhola. Ele será julgado em processos disciplinares na FIFA e no Conselho Superior do Desporto espanhol.